As gestações gemelares, especialmente quando os bebês compartilham a mesma placenta (monocoriônicas), apresentam particularidades que exigem acompanhamento mais atento. Nessas situações, podem ocorrer complicações específicas:
Em gestação dicoriônica, cada feto tem sua própria placenta. portanto, diferentemente dos monocoriônicos, não há conexão vascular que explique desproporção de crescimento por transfusão feto-fetal. Assim, o CIUR em dicoriônicos se comporta de forma muito semelhante ao CIUR em gestação única. O planejamento de parto considera a somatória de risco do feto restrito e maturidade fetal dos dois.
Já no CIURs em Gemelares Monocoriônicos temos algumas patologias específicas:
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (STFF): Um desequilíbrio na circulação entre os gêmeos que pode levar a diferenças graves de volume sanguíneo e líquido amniótico.
Crescimento Intrauterino Restrito Seletivo (CIURs): Quando um dos bebês cresce menos que o esperado, com diferentes padrões de gravidade conforme o fluxo sanguíneo do cordão.
Sequência Anemia-Policitemia (TAPS): Uma diferença de quantidade de glóbulos vermelhos entre os gêmeos, que pode ocorrer sem alteração importante do líquido amniótico.
Por isso, exames de ultrassonografia especializados e avaliação Doppler periódica são fundamentais para identificar precocemente essas condições e planejar o tratamento, quando necessário.
Para entender melhor essas complicações e os cuidados durante uma gravidez gemelar, você pode acessar a página dedicada no nosso site: